Confiança do setor de serviços cai pelo quarto mês consecutivo, aponta pesquisa da FGV, com recuo de 0,9 ponto em novembro.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou uma queda de 0,9 ponto na passagem de outubro para novembro, alcançando 94,4 pontos, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), conforme divulgado na última quarta-feira, 29. Este índice acumulou uma perda de 3,6 pontos ao longo de quatro meses consecutivos de quedas. Em médias móveis trimestrais, o ICS diminuiu 1,0 ponto.

Segundo a FGV, a confiança do setor de serviços sofreu uma queda pelo quarto mês seguido, influenciada por avaliações negativas em relação à demanda e à situação atual dos negócios. A diminuição foi percebida em diversos segmentos do setor, apontando para uma tendência de queda na taxa de juros e de redução do endividamento das famílias que ainda não se reflete em uma reaceleração no setor. Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), destacou que os empresários ainda demonstram cautela frente ao cenário macroeconômico desafiador.

Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) apresentou uma redução de 2,2 pontos, chegando a 97,1 pontos. Esse resultado foi impactado pela piora na percepção sobre o volume da demanda atual, que caiu 3,8 pontos, além da avaliação sobre a situação atual dos negócios, que cedeu 0,7 ponto.

Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-S) teve um aumento de 0,6 ponto, atingindo 92,0 pontos após três meses de quedas. O componente que mede a demanda prevista nos próximos três meses subiu 0,9 ponto, tendo a maior influência positiva sobre o índice. A FGV informou que o desempenho da confiança do setor de serviços nos últimos meses deste ano mostra uma dificuldade “de se manterem resilientes” diante dos desafios macroeconômicos, como os níveis elevados na taxa de juros e o endividamento das famílias.

As informações são resultado da coleta de dados para a edição de novembro da Sondagem de Serviços, realizada com 1.399 empresas entre os dias 1º e 27 do mês, segundo a FGV. Os dados apontam para um cenário de cautela e desafios para o setor de serviços, apesar de um início de ano mais positivo, indicando a necessidade de um olhar atento para as perspectivas econômicas futuras.

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