Os números também indicam quedas nos índices que compõem o Icom. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) teve uma diminuição de 2,8 pontos, alcançando 89,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 2,7 pontos, chegando a 84,0 pontos. A economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Geórgia Veloso, destacou que o desempenho abaixo do esperado do comércio está gerando apreensão entre os comerciantes. Além disso, a reversão da confiança dos consumidores nos últimos meses de 2023 tem contribuído para esse cenário.
Entre os quesitos que compõem o Índice de Situação Atual, a situação atual dos negócios foi apontada como a principal contribuição para a queda da confiança, com uma queda de 4,4 pontos. As avaliações sobre o volume de demanda atual também recuaram pelo quinto mês consecutivo, registrando uma diminuição de 1,1 ponto.
Já em relação às expectativas para o futuro, as perspectivas de vendas nos próximos meses caíram 3,2 pontos, enquanto o componente de tendência dos negócios nos próximos seis meses encolheu 2,1 pontos. No entanto, a FGV ressaltou que a demanda insuficiente foi apontada por 29,4% das empresas como um fator limitativo para a expansão dos negócios no trimestre encerrado em novembro. Esse cenário se torna ainda mais delicado nos segmentos que vendem bens não essenciais, onde essa fatia chegou a 34,5%.
Em suma, os resultados da Sondagem do Comércio de novembro mostram que o cenário continua desafiador para o setor, mesmo diante dos eventos que tendem a movimentar a economia no período. A pesquisa coletou informações entre os dias 1º e 27 do mês, confirmando as previsões de um quarto trimestre difícil para o comércio.