Prefeito de São Paulo acusa paralisação do Metrô e CPTM de motivação política e ataque à sua gestão.

Prefeito de São Paulo acusa greve de transporte como manobra política

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que a paralisação dos funcionários do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) nesta terça-feira (28) tem como objetivo prejudicar a imagem de sua gestão e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Nunes disse que o movimento é político e tem influência do deputado federal Guilherme Boulos e do seu partido, o PSOL, afirmando que a presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, é filiada à sigla. Ele insinuou que Boulos está por trás da paralisação, causando desgaste à administração municipal e estadual.

“A participação do Boulos está clara, nítida. Aí fica o governador e o prefeito expostos, sofrendo desgaste enorme. Somos nós [Nunes e Tarcísio] quem falamos com a sociedade, atendemos a imprensa”, declarou o prefeito à Folha.

Ele ainda destacou que se trata de um ato político e que não há pauta dos trabalhadores envolvida, enfatizando que o sindicato foi tomado por um partido, o que prejudica a população.

Tanto Boulos quanto o PSOL não quiseram comentar as declarações do prefeito.

A greve antecipa o debate eleitoral, já que Nunes e Boulos devem se enfrentar na eleição para a Prefeitura de São Paulo no ano que vem. Essa é a terceira paralisação somente neste ano, mostrando a tensão entre categorias e o governo estadual.

Para minimizar os impactos da greve, a prefeitura disponibilizou mais de 200 ônibus nas ruas e suspendeu o rodízio de veículos, porém, o prefeito admite que as medidas são insuficientes.

Ele lamentou o prejuízo causado pela paralisação e fez uma comparação com os apagões recentes na cidade, destacando que sofre um enorme desgaste mesmo sem ter responsabilidade direta sobre os problemas.

Além dos trabalhadores do Metrô e da CPTM, a paralisação reúne funcionários da Sabesp, da Fundação Casa, professores da rede pública e manifestantes contrários aos planos de privatização de Tarcísio de Freitas. Apesar das greves, o governador não pretende desistir dos projetos de privatização.

A paralisação evidencia a tensão política e o embate entre os interesses dos trabalhadores e as políticas do governo, principalmente em relação à privatização de empresas públicas.

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