Essa padronização representa um avanço significativo no setor, visto que cerca de 40 operadoras já fazem parte da iniciativa, representando 228 redes móveis e 64% das conexões à internet por celular em todo o mundo. Entre as participantes, estão grandes nomes do setor, como AT&T, Vodafone, Verizon e as operadoras chinesas China Mobile, China Telecom e China Unicom, entre outras.
As teles Claro, TIM e Vivo demonstraram um compromisso inicial com a padronização das redes, anunciando os primeiros serviços padronizados. Esses serviços visam combater a fraude em instituições financeiras, como bancos e fintechs. Entre eles, está a verificação de número do usuário de forma contínua e automática, sem a necessidade de comunicação por SMS, a verificação de troca de chip (ou SIM card) para evitar tentativas de apropriação de contas, e a localização do dispositivo para proteger os clientes de golpes que manipulam o GPS dos aparelhos.
Essa iniciativa visa combater fraudes e melhorar a segurança digital, e contribuir para um mercado em que a demanda por soluções antifraude é significativa, como é o caso do Brasil. Segundo o vice-presidente de novos negócios da TIM, Renato Ciuchini, o país tem muitos casos de fraudes, o que tem motivado a demanda por soluções. A falta de padronização para as redes vinha sendo um obstáculo para a evolução desses serviços.
A expectativa é que a iniciativa impulsione o crescimento dos serviços e aplicações digitais, integrando centenas de redes e possibilitando a evolução de diversas aplicações, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo. O diretor geral da GSMA, Mats Granryd, enfatizou que a iniciativa está contribuindo para o desenvolvimento de novos serviços e aplicativos que visam combater fraudes e reforçar a segurança digital.
Assim, a adesão ao modelo “Open Gateway” representa um avanço significativo para o setor de telecomunicações, representando não apenas um marco na integração das redes, mas também uma oportunidade para inovações e avanços na segurança digital. A expectativa é que essa iniciativa beneficie não apenas as operadoras e as empresas de tecnologia, mas também os usuários, que poderão contar com um acesso global facilitado às redes de telecomunicações.