Ministro do STF manda soltar réu preso por atos golpistas; outro acusado morre na prisão após mal súbito

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu soltar nesta terça-feira (28) o réu Joelton Gusmao de Oliveira, um dos detidos em conexão com os eventos de 8 de janeiro. A revogação da prisão preventiva implica que o acusado cumprirá medidas cautelares diversas de prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país, suspensão de autorizações de porte de arma e de certificado de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), entrega do passaporte e apresentação semanal à Justiça.

O pedido de liberdade de Joelton foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 9 de novembro. Segundo a PGR, a prisão do acusado não é mais justificada. “Não mais se justifica a segregação cautelar, seja para a garantia da ordem pública, seja para conveniência da instrução criminal, especialmente considerando a ausência de risco de interferência na coleta de provas”, argumentou a procuradoria.

Em relação a outro réu detido pelos mesmos eventos, Cleriston Pereira da Cunha, a situação tomou um rumo trágico. Na segunda-feira (20), Cleriston faleceu após um mal súbito na penitenciária da Papuda, em Brasília. A defesa de Cleriston havia solicitado a Moraes a liberdade do réu, citando parecer favorável da PGR à soltura. No entanto, o pedido de soltura não foi analisado.

Essas decisões judiciais recentes lançam luz sobre o delicado equilíbrio entre a preservação da ordem pública e a garantia dos direitos individuais, definidos na legislação brasileira. A revisão das prisões preventivas evidencia a importância de um sistema judicial ágil e capaz de adaptar-se de acordo com as mudanças das circunstâncias e das informações disponíveis.

O desdobramento destes casos, assim como a atuação da PGR e do Supremo Tribunal Federal, continuarão sendo acompanhados de perto, tendo em vista as repercussões que podem ter nas futuras decisões judiciais envolvendo eventos similares. O debate sobre as ações de investigação, a aplicação das leis e a devida proteção dos direitos individuais permanecerá no centro das discussões sobre a Justiça brasileira.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo