Greve dos transportes em São Paulo tem adesão inferior à paralisação anterior e causa polêmica sobre plano de contingência.

Hoje, um dia de greve na cidade de São Paulo (28), trouxe impactos para o transporte público e para diversos setores da administração pública. Com adesão de 88% dos funcionários do Metrô durante a noite e 92% nas primeiras horas da manhã, a paralisação contou com uma queda de adesão em relação à greve do dia 3 de outubro, quando todos os metroviários participaram da paralisação.

A adesão menor permitiu que algumas linhas públicas do Metrô operassem parcialmente durante a manhã, com exceção da linha 15-prata do monotrilho, que ficou totalmente paralisada. Isso ocorreu devido ao plano de contingência da companhia, no qual supervisores assumem a posição de maquinistas e outros funcionários são deslocados de suas funções originais para garantir o funcionamento mínimo das linhas. No entanto, o Sindicato dos Metroviários manifestou-se contrário a esse plano, alegando que a troca de funções aumenta o risco de acidentes e desafia seu direito à greve.

Além dos metroviários, funcionários da CPTM, Sabesp, Fundação Casa e professores estaduais também aderiram à greve. O governador Tarcísio de Freitas centrou suas críticas especialmente na categoria dos metroviários, mesmo com a participação de outras áreas de serviço público.

A presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, destacou a alta adesão da categoria à greve, defendendo que a maioria respeitou uma decisão coletiva. Ela classificou a adesão de 9 em cada 10 funcionários como um exemplo de respeito às decisões coletivas e de democracia dos trabalhadores.

Na CPTM, os trens operaram parcialmente durante a manhã, mostrando sinais de menor adesão em relação à mobilização anterior. Tarcísio afirmou que a direção do Metrô e da CPTM devem anotar os nomes dos funcionários que faltaram ao trabalho. E, segundo o governador, estão sendo estudadas possíveis sanções para os funcionários que faltarem ao trabalho.

As decisões judiciais que determinaram os contingentes mínimos de funcionários não atenderam aos pedidos do governo para a convocação individual e nominal dos trabalhadores, o que gerou discordância por parte do sindicato dos metroviários. A presidente do sindicato classificou a possibilidade como autoritária e ilegal, destacando que a categoria estuda medidas para questionar judicialmente essa prática.

Em meio a tantos posicionamentos e discordâncias, o cenário da greve em São Paulo continua a trazer desafios tanto para os trabalhadores quanto para a administração pública, enquanto as repercussões e os desdobramentos desse movimento ainda estão por vir.

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