Greve conjunta de Metrô e CPTM prejudica funcionamento das linhas e afeta transporte público em São Paulo – 28/12/2021

A greve conjunta dos funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) está causando transtornos aos usuários do transporte público nesta terça-feira, 28. O funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, bem como as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral da CPTM foram impactadas com a paralisação.

A situação do Metrô é a seguinte:
– Linha 1-Azul: operação parcial (entre Tiradentes e Ana Rosa);
– Linha 2- Verde: operação parcial (entre Alto do Ipiranga e Clínicas);
– Linha 3-Vermelha: operação parcial (entre Bresser e Santa Cecília);
– Linha 5-Prata: paralisada.

Já na CPTM, a situação é a seguinte:
– Linha 7-Rubi: operação parcial (entre Luz e Caieiras);
– Linha 10-Turquesa: paralisada;
– Linha 11-Coral: operação parcial (entre Luz e Guaianases);
– Linha 12-Safira: funcionamento integral (intervalo de 8 minutos);
– Linha 13-Jade: funcionamento integral (intervalo de 30 minutos).

Por outro, as linhas 12-Safira e 13-Jade, que estavam previstas para entrar em operação parcial, começaram a operar integralmente logo pela manhã, embora com intervalos maiores. Enquanto a Linha 11-Coral funciona apenas entre Luz e Guaianases com intervalos maiores.

As linhas administradas pela iniciativa privada não foram afetadas pela paralisação. O mesmo vale para o rodízio de veículos, que foi suspenso nesta terça-feira pela Prefeitura de São Paulo para ajudar a população em meio à greve.

Além disso, a prefeitura reforçou a frota de ônibus com mais 200 veículos, totalizando 12.134 ônibus circulando pela cidade. Os itinerários de algumas linhas também foram ampliados para levar os passageiros para regiões centrais e mais próximas de locais de comércio e serviço.

A situação tem causado impactos na vida dos usuários do transporte público. A faxineira Leniria Pereira, de 61 anos, chegou a ir duas vezes até a estação Corinthians-Itaquera, na zona leste, para tentar pegar um trem. “Tinha visto que pelo menos no horário de pico alguns trens do Metrô iam passar”, disse. Moradora de São Miguel Paulista, ela trabalha na Santa Cecília, na região central. Ao chegar na estação, porém, foi informada que a linha da CPTM estava fazendo apenas o trajeto da estação Guaianases até a Luz.

Outros passageiros, como a cuidadora Eliene Alves, de 42, estavam preocupados com a possibilidade de lotação nos ônibus. “Se o trem da CPTM já chega lotado em dia normal, imagina hoje”, disse, encostada em um dos portões fechados do Metrô.

Diante desse cenário, o governo do Estado classificou a paralisação como “uma greve abusiva e política dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp”. Eles alegam que o movimento vai deixar mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio.

A Justiça determinou que os metroviários e ferroviários trabalhem com 80% e 85% do efetivo nos horários de pico, e com 60% nos demais períodos, sob pena de multa de até R$ 700 mil para os sindicatos em caso de descumprimento.

Diante do impasse, a população busca se adaptar à greve, utilizando as linhas de ônibus disponíveis e algumas alternativas para chegar ao trabalho. A situação ainda é delicada e a paralisação ainda não tem previsão para ser encerrada.

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