Senador questiona possível atraso da Petrobras em projeto vital para o desenvolvimento do Nordeste e Sergipe.

O senador Laércio Oliveira (PP-CE) fez duras críticas à Petrobras em seu pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (27). O parlamentar questionou a possibilidade de adiamento do início da operação do projeto Sergipe Águas Profundas para 2031, enfatizando a importância vital da iniciativa para o desenvolvimento do estado e de toda a Região Nordeste.

De acordo com o senador, a Petrobras parece estar mais preocupada em manter o preço do GNL importado como referência para o mercado interno, em detrimento do potencial de abastecimento da região do Nordeste que seria viabilizado pelo projeto em Sergipe. Ele destacou que somente o estado de Sergipe teria a capacidade de abastecer 30% de toda a região do Nordeste com as descobertas que foram feitas na localidade.

A postergação da implantação do projeto foi duramente criticada pelo senador, que afirmou que a Petrobras vem adiando a iniciativa há mais de dez anos. Oliveira também mencionou que informações contraditórias chegaram a ser veiculadas pela imprensa, mas a estatal negou a intenção de adiar o projeto. A divulgação do plano estratégico da Petrobras, que inclui a contratação de navios-plataforma, corroborou as suspeitas de adiamento, de acordo com o parlamentar.

O senador afirmou que pretende acompanhar de perto o andamento do processo de contratação dos navios-plataformas, ressaltando que não seria surpresa se surgirem novos pretextos para retardar ainda mais o projeto. Oliveira enfatizou que está construindo a convicção de que a Petrobras não está alinhada com o programa do governo e que está mais preocupada em manter o preço do GNL importado como referência para o mercado interno em detrimento do desenvolvimento regional.

As críticas do senador Laércio Oliveira evidenciam a preocupação com a postergação do projeto Sergipe Águas Profundas e a importância estratégica da iniciativa para o desenvolvimento econômico da Região Nordeste. A Petrobras, por sua vez, nega a intenção de adiar o projeto, mas as declarações do senador apontam para um possível conflito de interesses entre a estatal e as demandas regionais.

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