Sabotagem causou problemas na Linha 9-Esmeralda e sindicatos convocam nova greve nos trens e metrô de São Paulo

Uma investigação realizada pela Polícia Civil de São Paulo apontou que a paralisação da Linha 9-Esmeralda do sistema de trens da cidade, no dia 3 de outubro, foi motivada por sabotagem. Segundo as autoridades, metroviários, ferroviários e funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estiveram envolvidos na ação que resultou em atrasos e problemas na circulação dos trens. E uma nova paralisação está prevista para acontecer nesta terça-feira, 28.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou que agentes do 27º Distrito Policial (Campo Belo) ouviram testemunhas, incluindo funcionários da Linha Esmeralda, que encontraram diversos objetos na linha férrea, impedindo a circulação normal dos trens. Além disso, sinais de vandalismo em uma máquina de chaveamento de via foram identificados próximo à estação Autódromo, com a fiação do equipamento completamente arrancada, prejudicando ainda mais a situação.

Até o momento, os envolvidos nos atos de vandalismo não foram identificados, mesmo com a análise de imagens de diversas câmeras de segurança instaladas ao longo da via. A concessionária responsável pela Linha 9-Esmeralda, ViaMobilidade, informou que tem contribuído com as investigações das autoridades competentes sobre o incidente que impactou a operação.

Além disso, uma nova greve está sendo convocada para esta terça-feira, 28, pelos metroviários e ferroviários. O movimento deve paralisar as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM. Apenas as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, administradas pela iniciativa privada, vão funcionar normalmente.

A greve é um protesto contra o plano de privatizações da gestão Tarcísio de Freitas, que foi classificado como “político”. No entanto, especialistas entrevistados pelo jornal Estadão afirmam que greves com motivação política são consideradas ilegais pela Justiça do Trabalho. Como resultado, uma determinação judicial estabeleceu que 80% dos trens da CPTM e do metrô devem operar nos horários de pico e 60% nos demais períodos, sob pena de multa. O sindicato dos ferroviários ainda não se manifestou sobre a situação.

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