Os impactos dessa paralisação serão enormes, afetando não apenas os passageiros, mas também o comércio, a educação e a economia como um todo. A decisão de impor o caos veio de assembleias que reuniram uma minoria dos metroviários e ferroviários.
O protesto dos sindicatos não se trata de reivindicações salariais ou trabalhistas, mas sim contra os estudos da atual administração para ampliar desestatizações, concessões e parcerias público-privadas. Esses processos, legitimados democraticamente, estão sendo discutidos no foro adequado, mas os sindicatos insistem em utilizar táticas de chantagem.
Essa prática vai contra a lei que rege o direito à greve, tornando toda uma população refém de interesses políticos e corporativos. Além disso, as assembleias que votaram pela greve tiveram baixa adesão, o que mostra que uma minoria está impondo prejuízos a todos.
As perdas econômicas causadas por greves anteriores já foram significativas, chegando a R$ 55 milhões para o comércio na região metropolitana. Agora, a expectativa é de um prejuízo ainda maior, superando os R$ 60 milhões. O Metrô e CPTM também devem registrar novas perdas de R$ 10,8 milhões na arrecadação de tarifas.
Além disso, os alunos da rede pública serão impactados, com mais de 1,6 milhão de alunos de escolas estaduais podendo perder aulas. O Provão Paulista também terá seu cronograma alterado, afetando mais de 1,2 milhão de inscritos.
Por determinação da Justiça, uma porcentagem mínima dos serviços deverá ser mantida durante a greve, sob pena de multas milionárias aos sindicatos. O Governo de São Paulo espera que, desta vez, a justiça seja respeitada e o interesse e bem-estar da população seja colocado acima de pautas corporativistas de uma minoria. A situação é delicada e exige um posicionamento responsável dos grevistas e das autoridades para minimizar os impactos dessa paralisação.