Associação Nacional dos Procuradores da República emite nota de apoio a indicado para o cargo de Procurador-Geral da República por Lula

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) emitiu uma nota desejando sucesso a Paulo Gonet, subprocurador-geral da República indicado para o cargo de Procurador-Geral da República (PGR). A indicação foi realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira (27). Gonet passará por sabatina e precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa para assumir o cargo.

A associação destacou a trajetória intelectual e profissional de Paulo Gonet, afirmando que o qualifica para exercer a função de forma independente e com o olhar na defesa dos valores essenciais da Constituição. No entanto, a ANPR reforçou que continuará sua luta pela institucionalização da lista tríplice para a escolha do Procurador-Geral da República.

Pela primeira vez, o presidente Lula não indicou um dos nomes apontados na lista tríplice enviada pela associação em junho deste ano. Ao comentar a escolha, Lula afirmou que a faria com mais critério, justificando que a atuação do Ministério Público na Operação Lava Jato fez com que perdesse a confiança no órgão.

De acordo com a Constituição, o presidente da República não é obrigado a seguir a lista da associação e pode escolher qualquer um dos subprocuradores em atividade para o comando do órgão. Gonet ocupará a vaga aberta com a saída de Augusto Aras, que encerrou o mandato no fim de setembro.

Paulo Gonet, de 57 anos, é subprocurador-geral da República e atual vice-procurador-geral Eleitoral, com 37 anos de carreira no Ministério Público. Seu nome, no entanto, enfrenta resistência de entidades jurídicas e movimentos sociais devido a posicionamentos contrários, como o apoio à política de cotas em universidades públicas e sua atuação na Comissão de Mortos e Desaparecidos na década de 1990.

A ANPR, mesmo desejando sucesso a Gonet, reforçou seu posicionamento em defesa da lista tríplice e da necessidade de uma escolha criteriosa para o cargo de Procurador-Geral da República. A nota da associação destaca a importância de se garantir a independência e a defesa da Constituição no exercício da função.

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