O exame é destinado a 1,2 milhão de estudantes que buscam acesso às universidades públicas paulistas, como USP, Unesp, Unicamp, Fatecs e Univesp. Há um total de 15.369 vagas disponíveis para o ano de 2024. A mudança das datas foi realizada para evitar que os estudantes da rede estadual, que na maioria das vezes dependem do transporte público, fossem prejudicados pela greve.
A Secretaria da Educação emitiu uma nota criticando a greve e destacou que a irresponsabilidade e inconsequência dos grevistas afetam diretamente os 1,2 milhão de estudantes inscritos para as provas do Provão Paulista, incluindo aproximadamente 1,7 mil alunos de fora do Estado de São Paulo. Esta será a terceira paralisação em dois meses e a quarta no ano de 2023.
Os funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp alegam que os motivos que os levaram à greve são as privatizações de serviços públicos, terceirizações em atividades do Metrô, cortes de investimento na educação, demissões e suspensões de metroviários que participaram de paralisações anteriores.
A paralisação, que não está diretamente relacionada a reivindicações ligadas às condições de trabalho, pode ser considerada abusiva, de acordo com especialistas em Direito do Trabalho consultados pelo Estadão.
Voltando ao Provão Paulista, os estudantes das 1.ª, 2.ª e 3.ª séries do ensino médio que estudam em escolas estaduais já estão automaticamente inscritos no exame. A prova será personalizada de acordo com o nível de conhecimento esperado em cada etapa da educação básica. A pontuação obtida no Provão Paulista poderá ser usada pelos candidatos para concorrer a uma vaga no ensino superior em três anos.
Para este ano, os alunos do terceiro ano irão concorrer às vagas utilizando somente a nota obtida no exame. A mudança nas datas de aplicação do exame busca garantir a realização do Provão Paulista de forma justa e eficiente para todos os estudantes que almejam ingressar no ensino superior.
