Repórter São Paulo – SP – Brasil

Máquina de autoatendimento bancário na Índia funciona a partir de uma bateria de algodão queimado, inovação no mundo das baterias.

Máquina de autoatendimento bancário na Índia utiliza resíduos de algodão para funcionar mesmo quando a luz acaba. A população se surpreende com a máquina de autoatendimento que continua operando normalmente mesmo após uma queda de energia, e a explicação para isso está no uso de uma bateria revolucionária.

A empresa japonesa PJP Eye é responsável pela fabricação da bateria que alimenta essa máquina inovadora. O segredo por trás da eficiência dessa bateria está no uso de carbono proveniente de algodão queimado. A técnica específica utilizada para transformar o algodão queimado em energia é mantida em segredo pela empresa, mas o processo envolve atingir altas temperaturas, ultraiores a 3.000°C.

A bateria é composta por três componentes básicos: dois eletrodos e um eletrólito. A utilização do carbono derivado de resíduos de algodão da indústria têxtil na fabricação do ânodo, um dos eletrodos, é uma das características inovadoras das baterias desenvolvidas pela PJP Eye. Esta abordagem é vista como mais sustentável, uma vez que utiliza materiais facilmente disponíveis e reduz o impacto ambiental causado pela extração de grafite e lítio, comumente utilizados na composição de outras baterias.

Com a crescente demanda por baterias, impulsionada pela popularização dos veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia em larga escala, empresas e pesquisadores têm buscado alternativas sustentáveis e eficientes para substituir as baterias convencionais de grafite e lítio. Além do algodão, materiais como lignina, encontrada em árvores, e resíduos de milho estão sendo estudados como possíveis fontes naturais para a fabricação de baterias.

A empresa PJP Eye anunciou que está desenvolvendo uma bateria de eletrodos de carbono duplo, que utilizará carbono de origem vegetal em ambos os eletrodos. A tecnologia está prevista para estar disponível no mercado até 2025. O objetivo é atingir um desempenho superior e contribuir para a redução da pegada de carbono, com a produção de baterias mais verdes.

Além disso, pesquisadores têm buscado outras fontes de energia na natureza, como os vastos oceanos do planeta, que representam um potencial “praticamente ilimitado” para a fabricação de baterias. A utilização de íons de sódio extraídos da água do mar para a construção de baterias é uma das ideias em desenvolvimento, mas ainda enfrenta desafios em relação à segurança e eficiência.

A busca por materiais alternativos e sustentáveis para baterias continua, com pesquisadores explorando opções como pigmentos biológicos, cálcio e outros resíduos naturais. As inovações no campo das baterias prometem contribuir para um futuro mais sustentável e eficiente, com potencial para revolucionar a indústria de energia e promover a preservação do meio ambiente.

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