A iniciativa tem como objetivo aumentar a participação desses grupos historicamente sub-representados na carreira científica. Podem participar pesquisadores que tenham concluído o doutorado entre janeiro de 2013 e junho de 2024, com um prazo estendido em até dois anos no caso das mulheres com filhos. Os interessados não devem ter vínculo formal com nenhuma instituição de ciência e tecnologia no momento da assinatura do contrato.
Até 12 candidatos serão selecionados e terão a oportunidade de fazer pós-doutorado em grupos de pesquisa nos quais não tenham se formado nem atuado antes, nos estados das fundações parceiras do edital: Mato Grosso do Sul (Fundect), Pará (Fapespa) e Rio de Janeiro (Faperj).
Além de bolsa mensal de R$ 8 mil, os selecionados vão receber entre R$ 550 mil e R$ 700 mil para o financiamento de suas pesquisas ao longo de três anos, com a possibilidade de renovação por mais dois anos. O pagamento das bolsas virá das fundações, enquanto o auxílio à pesquisa será custeado por essas entidades em parceria com o Serrapilheira.
Cristina Caldas, diretora de Ciência do Instituto Serrapilheira, ressaltou a importância de iniciativas como essa para mudar a forma de seleção e incluir cientistas negros e indígenas de excelência no fazer científico. As inscrições para o edital vão de 4 de janeiro a 25 de janeiro de 2024.
Além disso, o Serrapilheira também lançou outra chamada voltada a cientistas com vínculo permanente em instituições de ensino e pesquisa e com projetos nas áreas de ciências naturais, matemática e ciência da computação. Juntas, as iniciativas preveem um investimento de no mínimo R$ 21 milhões, entre pagamento de bolsas e financiamento de pesquisas.
Os editais completos podem ser acessados no site do Serrapilheira.
