O greening é causado por uma bactéria e disseminado por um inseto, e infelizmente não tem cura. Uma vez que a planta é contaminada, não é mais possível eliminar a bactéria, o que pode se alastrar pelo pomar por meio do inseto transmissor.
O decreto que oficializa a criação do comitê foi assinado pelo governador Tarcísio de Freitas, e o grupo terá a responsabilidade de propor políticas públicas, diretrizes, critérios e procedimentos para o controle da doença.
Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, o comitê foi criado para que seja possível trabalhar de forma unida, simplificando as ações e agindo em conjunto para combater este problema que pode afetar de maneira muito séria a economia e o agronegócio paulista.
O comitê será composto por representantes das secretarias de Agricultura e Abastecimento; de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística; da Casa Civil; da Fazenda e Planejamento; e de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele terá a atribuição de articular o poder público e representantes das cadeias produtivas, visando disseminar práticas, tecnologias e ações de controle e prevenção da praga.
A importância do controle do greening para o agronegócio de São Paulo não pode ser subestimada, visto que o estado é o maior produtor de laranjas do país. A citricultura paulista exporta U$ 2 bilhões por ano e gera cerca de 200 mil empregos em 9,6 mil propriedades.
De acordo com o Fundo de Defesa da Citricultura, o Fundecitrus, o greening está presente em todas as regiões citrícolas paulistas e em pomares de Minas Gerais e Paraná, além de países da América do Sul e Estados Unidos.
Dessa forma, a criação do Comitê Estadual de Combate ao Greening é uma medida importante para proteger a citricultura paulista e garantir a continuidade do setor, que desempenha um papel crucial na economia do estado.