De acordo com declarações de moradores à imprensa, as vias atrás do estádio do Palmeiras são fechadas para o trânsito de veículos em dias de eventos. As ruas Palestra Itália, Caraíbas e Diana se tornam pontos de concentração de público, formando filas para acessar os portões da arena. Normalmente, o fechamento das ruas começava no início da tarde, mas, para a apresentação de Taylor Swift, as vias serão interditadas a partir das 8h, o que tem causado preocupação entre os moradores.
Os residentes relatam que, apesar de terem direito de furar o bloqueio, na prática isso não acontece. Aqueles que moram nas ruas fechadas são barrados por funcionários contratados pela organização dos eventos, e a polícia e a CET não oferecem apoio para a liberação do acesso. Moradores afirmam que já chegaram a ficar dias sem sair de casa devido aos bloqueios.
Além disso, a realização de shows e eventos no estádio tem impactado moradores que vivem a até três quilômetros de distância do Allianz Parque. O aumento do tráfego, as filas de pessoas e as barracas de fãs têm causado transtornos no trânsito e afetado a rotina de famílias da região.
Apesar dos questionamentos dos moradores, a empresa gestora do Allianz Parque alega disponibilizar aos residentes cadastrados acesso voluntário ao aplicativo do programa Bom Vizinho, que possibilitaria um acesso mais rápido dos moradores aos bloqueios. No entanto, moradores relatam que não possuem credenciais prévias. A CET, por sua vez, afirma manter agentes em postos operacionais no entorno do estádio para realizar rondas e fiscalização do trânsito, mas a situação continua desafiadora para os moradores da região.
Dessa forma, os transtornos causados pelos eventos no Allianz Parque expõem uma questão mais ampla relacionada à convivência entre grandes espaços de entretenimento e a comunidade local. A tensão entre o direito de lazer e entretenimento e os impactos nas rotinas e qualidade de vida dos moradores é um desafio a ser enfrentado pelas autoridades e pela gestão do estádio. Enquanto isso, os moradores continuam a lidar com os efeitos colaterais das grandes apresentações no Allianz Parque, em busca de uma solução que concilie os interesses de todos os envolvidos.
