Os investidores estão atentos ao pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que visa esclarecer o veto integral à desoneração. Haddad reiterou que a desoneração da folha de pagamentos no formato atual é inconstitucional e que o governo tem obrigação e autorização constitucional para rever benefícios fiscais. Além disso, ressaltou que após a conferência sobre as mudanças climáticas, apresentará medidas específicas para determinados setores ao presidente Lula da Silva, e que o governo também levará propostas ao Congresso para pacificar a questão da desoneração da folha.
A decisão do presidente Lula de vetar a desoneração da folha de pagamentos é vista como positiva do ponto de vista fiscal, porém incerta do ponto de vista político, de acordo com a LCA em nota divulgada a clientes. A consultoria destaca que existe a possibilidade de ser derrubada pelo Congresso.
Por outro lado, no mercado externo, o dólar recua ante outros pares rivais e está sem direção única frente às divisas emergentes e ligadas a commodities na volta do feriado em Nova York. Neste contexto, o peso mexicano ampliou levemente sua valorização frente ao dólar, após a publicação do Produto Interno Bruto (PIB) do México, com alta de 1,1% no terceiro trimestre ante o anterior.
Às 9h36, o dólar à vista caía 0,15%, a R$ 4,8996, enquanto o dólar para dezembro cedia 0,16%, a R$ 4,9020. A liquidez nos negócios pode ser reduzida, pois os mercados acionário e de Treasuries em Wall Street fecham mais cedo nesta sexta-feira.