Governador Tarcísio de Freitas critica proposta de tarifa zero para ônibus em São Paulo defendida pelo prefeito Ricardo Nunes.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez duras críticas à proposta do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de implementar a tarifa zero nos ônibus da capital paulista aos domingos ou no período noturno a partir do próximo ano. Em entrevista na tarde desta sexta-feira (24), o governador se posicionou claramente contra a proposta, alegando falta de viabilidade e impacto negativo em outras políticas públicas.

De acordo com Tarcísio de Freitas, a implementação da tarifa zero representaria um grande desafio, já que o sistema de transporte coletivo de São Paulo atende diariamente a um grande contingente de passageiros. Ele destacou que a estrutura de custos do sistema de transporte é completamente diferente e que sustentar um sistema sem custo aos passageiros traria consequências para o orçamento de outras políticas públicas.

Além disso, o governador também criticou o prefeito Ricardo Nunes, apontando que a proposta de estudo sobre a tarifa zero surge em um momento próximo às eleições municipais, no qual o atual prefeito buscará a recondução ao cargo. As críticas de Tarcísio de Freitas ganharam maiores proporções quando, em outro contexto, ele prometeu elevar o tom contra os servidores estaduais que votaram indicativo de greve para a próxima terça-feira (28), classificando a possibilidade de greve como “escravidão” por parte de sindicatos que estariam olhando apenas para seus próprios interesses.

Essa postura do governador reforça a oposição à proposta de tarifa zero nos ônibus da capital paulista, fortalecendo o embate entre as esferas estadual e municipal. A disputa política em torno desse tema evidencia a complexidade das relações entre os governos estadual e municipal, além de englobar questões orçamentárias, de logística e até mesmo eleitorais.

Fica evidente que a implementação da tarifa zero é um tema que envolve interesses diversos e levanta questionamentos sobre a sustentabilidade e a viabilidade desse modelo de transporte público. A controvérsia gerada pelas declarações do governador e a proposta do prefeito prometem manter a discussão em pauta nos próximos meses, à medida que se intensifica o debate sobre o futuro do transporte coletivo na cidade de São Paulo.

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