Segundo o governador, “nós não podemos ser escravizados por meia dúzia de pessoas de um sindicato que tem uma pauta própria, que está olhando para o próprio umbigo. Nós não vamos tolerar esse tipo de coisa”, e prometeu “elevar o tom” contra os organizadores da paralisação.
A greve atingirá trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), bem como professores da rede pública e servidores da Fundação Casa. O governo decidiu adiar as provas do Provão Paulista, vestibular seriado estadual, que estavam programadas para o dia da paralisação.
Os trabalhadores protestam principalmente contra os planos de privatização do governador, que incluem a Sabesp e o metrô. Tarcísio de Freitas defendeu a privatização como uma medida para garantir um estado mais eficiente, argumentando que essa linha foi debatida de forma transparente durante a campanha eleitoral.
Além disso, o governador anunciou que seria ponto facultativo na próxima terça em caso de greve, e afirmou que iria recorrer ao Judiciário para determinar os termos de manutenção dos serviços públicos durante a paralisação. Tarcísio descartou a possibilidade de liberar as catracas das estações, conforme solicitado pelo sindicato dos metroviários, e classificou a iniciativa como “irresponsável”.
Não é a primeira vez que trabalhadores do transporte público se mobilizam contra os planos de privatização de Tarcísio de Freitas. Em outubro, uma greve durou 24 horas e foi considerada ilegal pelo governo, que acusou os sindicatos de agirem com “clara motivação política”.
Outras pautas também estão relacionadas às decisões da gestão Tarcísio, como um corte de 5% no orçamento da educação, o leilão da linha 7-Rubi da CPTM, marcado para 29 de fevereiro de 2024, segundo comunicado do Sindicato dos Metroviários, e a questão das terceirizações.
A situação promete gerar fortes debates e tensões nas próximas semanas, com impacto direto na população paulista e nos serviços públicos essenciais.