Presidente Lula veta projeto de desoneração da folha de pagamento até 2027 e redução de contribuição previdenciária para pequenos municípios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou uma decisão que impactará diretamente a economia do país: o veto integral ao projeto de lei que estendia a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia até 2027. Além disso, a contribuição para a Previdência Social paga por pequenos municípios também seria reduzida, mas também foi vetada.

Essa política de desoneração da folha de pagamento estava em vigor desde 2011 como uma medida temporária, porém vinha sendo prorrogada ao longo dos anos. Com o veto do presidente, essa medida perde a validade no próximo mês de dezembro. O projeto de lei que foi alvo do veto foi aprovado pelo Congresso no mês passado e tinha como objetivo manter a contribuição para a Previdência Social de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta.

Setores como confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, entre outros, foram beneficiados pela política de desoneração da folha de pagamento. A medida era vista como uma forma de impulsionar a geração de empregos, especialmente no setor de serviços. Com o retorno da contribuição correspondendo a 20% da folha de pagamento a partir de janeiro, a expectativa é de que haja impactos significativos nesses setores.

Durante a tramitação do projeto de lei, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o tema fosse discutido apenas na segunda fase da reforma tributária, que prevê a reformulação do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Ele chegou a argumentar que o projeto era inconstitucional, sem entrar em detalhes.

Essa decisão do presidente Lula da Silva certamente gerará debates e discussões acaloradas sobre os impactos econômicos e sociais dessa medida. Setores beneficiados pela desoneração e os pequenos municípios que teriam a contribuição para a Previdência Social reduzida certamente terão que se readequar e buscar alternativas para lidar com o aumento dos custos. A partir de janeiro, a contribuição voltará a ser aplicada de acordo com os percentuais anteriores, o que certamente causará mudanças significativas no cenário econômico do país.

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