Repórter São Paulo – SP – Brasil

IBGE lança avaliação inédita da biodiversidade no Brasil com mais de 22,5 milhões de dados sobre fauna e flora em 2022

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta avaliação inédita da biodiversidade no Brasil em 2022

A partir de quinta-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) torna disponível uma avaliação de dados sobre a biodiversidade no Brasil em 2022. O estudo, inédito, mapeou registros de ocorrência da fauna e da flora oriundos de diferentes fontes e inseridos no Sistema de Informação da Biodiversidade Brasileira (SiBBr).

Com mais de 22,5 milhões de registros analisados, provenientes de diversas fontes, o estudo observou grupos taxonômicos como anfíbios, artrópodes, aves, fungos, mamíferos, moluscos, peixes ósseos, plantas vasculares e répteis. O Brasil figura entre os 17 países que abrigam mais de 70% das espécies conhecidas no planeta, mas, segundo o IBGE, ainda há muito a descobrir e catalogar.

Devido a ser uma investigação experimental, aperfeiçoamentos serão feitos a partir da recepção dos usuários. Leitores interessados na temática podem escrever ao IBGE suas percepções, críticas e sugestões, que podem ser realizadas através do canal de atendimento oficial do instituto.

A plataforma do governo federal, SiBBr, foi criada em 2014 com a função de armazenar e disponibilizar informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros. O sistema fornece subsídios aos órgãos públicos para a conservação e sustentabilidade e conta com contribuições de diferentes instituições nacionais de ensino e pesquisa, públicas ou privadas, projetos e programas de pesquisas e redes temáticas.

Segundo Leonardo Bergamini, analista de biodiversidade do IBGE, a missão do instituto é retratar o Brasil, e a biodiversidade é peça fundamental desse retrato. Os publicadores de dados foram divididos em quatro categorias: Ciência Cidadã, Coleções Biológicas, Projetos ou Programas de Pesquisa e Outros.

No estudo, foi observado que, com exceção de aves, o número de registros com informações completas não chega a 30% do total de dados disponíveis. Aves e plantas, grupos mais facilmente detectados e coletados, apresentaram maior número e melhor distribuição dos registros, enquanto artrópodes, moluscos e fungos tiveram uma amostragem menos representativa.

Clara Fonseca, analista de Negócios do SiBBr, reforça a importância de parcerias como a do IBGE com o sistema na difusão do conhecimento sobre biodiversidade no país. Já Mariza Pinheiro, analista de Biodiversidade do IBGE, ressaltou que a intenção do estudo é identificar os problemas, entender o que temos e o que pode ser melhorado.

O estudo realizado pelo IBGE é de grande relevância para a compreensão da biodiversidade no Brasil e pode fornecer subsídios para políticas públicas de preservação do meio ambiente. Ainda há muito a descobrir e catalogar, e é fundamental que a sociedade esteja ciente da importância da preservação da biodiversidade.

Sair da versão mobile