Para ilustrar de forma didática, o código-fonte pode ser comparado a uma receita de bolo, estabelecendo as regras para que os sistemas da urna eletrônica sempre executem as mesmas operações. Dessa forma, quando um eleitor vai até a urna para votar, todas as etapas do processo, como a apresentação do cargo na tela, o registro do voto digitado e a apuração total de votos, ocorrem de acordo com as instruções presentes no código-fonte. A máquina interpreta os comandos linha por linha e executa as operações conforme determinado.
Além disso, a urna eletrônica conta com um conjunto de barreiras de segurança que garantem a execução exclusiva do código autêntico da Justiça Eleitoral, impedindo a geração de versões do sistema por programadores mal-intencionados.
Outro ponto importante a ser destacado é a realização do Teste Público de Segurança da Urna (TPS), que em 2023 atingirá sua sétima edição. Nesse teste, a participação do eleitorado é direta, permitindo que qualquer cidadão maior de 18 anos apresente um plano de ataque aos sistemas eleitorais envolvidos na geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.
Com isso, o sistema eleitoral brasileiro busca garantir a transparência, segurança e confiabilidade das eleições, permitindo a participação direta dos cidadãos na verificação e auditoria do processo eleitoral. A abertura do código-fonte da urna e a realização do TPS são mecanismos importantes para assegurar a lisura do processo democrático, fortalecendo a confiança da população nas eleições.