Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dona Vilma mexendo em seus pertences na bolsa após ser interpelada pela funcionária. Nas imagens, é possível ouvir a indignação de Vilma diante da situação, afirmando que nunca pensou passar por algo assim. A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) compartilhou o vídeo, aumentando a repercussão do caso.
A empresa Dufry Brasil emitiu uma nota pedindo publicamente desculpas pelo “lamentável incidente” e afastou a profissional de suas funções por “falha nos procedimentos”. A concessionária que administra o aeroporto de Brasília, Inframerica, também repudiou a ação discriminatória e afirmou tomar conhecimento da denúncia.
Além disso, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, classificou as acusações racistas feitas contra Vilma como absurdas e inadmissíveis. Ela informou que a pasta entrará em contato com a porta-bandeira para prestar solidariedade e auxílio, além de estar desenvolvendo um acordo de cooperação técnica para medidas eficazes de combate ao racismo.
Vilma Nascimento, que foi homenageada no Congresso Nacional por ocasião do Dia da Consciência Negra, destacou a importância do reconhecimento em nível nacional. Ela desfilou na abertura da exposição “Pensamento Negro no Brasil: uma Conexão Ancestral” e afirmou que os 85 anos de sua vida foram “bem vividos” e que o reconhecimento é uma “alegria e honra enorme”.
O caso de discriminação enfrentado por Vilma Nascimento levanta a questão do racismo estrutural e da necessidade de medidas efetivas para combatê-lo. A repercussão do incidente evidencia a importância de conscientização, capacitação e formação antirracistas, envolvendo diversos setores da sociedade, incluindo a aviação. A indignação e solidariedade demonstradas diante do ocorrido reforçam a luta contra o preconceito e a discriminação racial.
