Senador critica ministro do STF por morte de preso: “A falha foi sua, Alexandre de Moraes”

Na última terça-feira (21), o senador Cleitinho (Republicanos-MG) fez um forte pronunciamento sobre a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, que estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda em decorrência da invasão e vandalismo das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro. Durante seu discurso, o parlamentar criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por solicitar informações para verificar uma possível falha dos agentes penitenciários, atribuindo a culpa da situação ao próprio ministro.

Cleitinho descreveu Cleriston como um empresário, casado, pai de duas filhas e portador de diabetes, hipertensão e usuáreo de medicamentos controlados. Segundo o senador, o falecido foi preso no dia 8 de janeiro ao buscar refúgio em um prédio da Praça dos Três Poderes para se proteger das bombas de gás e tiros de bala de borracha. Além disso, enfatizou que Cleriston era réu primário, sem antecedentes e estava colaborando. O falecido havia recebido ordem de soltura há 80 dias e deveria estar em casa com sua família.

Em relação às tornozeleiras eletrônicas, Cleitinho solicitou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, agende uma audiência com Moraes para pedir que o ministro retire os dispositivos de monitoramento dos presos. Argumentou que figuras como o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deveriam ser os que utilizam tornozeleiras, e não cidadãos que reivindicam seus direitos dentro da Constituição.

Além disso, o senador também sugeriu que o Senado analise o projeto de lei que concede anistia aos acusados e condenados em razão das manifestações, de autoria do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Cleitinho deixou clara, em suas palavras, a indignação e preocupação com a situação de Cleriston e defendeu mudanças no sistema penitenciário e na legislação para garantir o respeito aos direitos dos cidadãos. A busca por justiça e responsabilidade das autoridades foram os pontos-chave de seu discurso no plenário do Senado.

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