Especialistas apontam dois fatores que contribuem para essa situação. Primeiro, a facilidade na locação de imóveis, muitas vezes por meio de contratos informais. Além disso, a proximidade da concentração de usuários de drogas no centro também facilita o comércio ilegal de aparelhos.
O promotor Juliano Atoji, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, ressalta que a região central se tornou um ecossistema do crime, fomentando não apenas o comércio de peças roubadas, mas também o tráfico de drogas de baixa qualidade, como o crack.
Uma operação realizada pela 1° Delegacia Antipirataria do Deic resultou na apreensão de 853 equipamentos, entre celulares, tablets e notebooks na Rua Guaianases e nas vias próximas. Dois indivíduos foram presos, um homem senegalês e uma mulher brasileira, ambos por receptação qualificada.
Segundo Atoji, grande parte dos celulares roubados na cidade são ilegalmente enviados para a África, onde conseguem ser utilizados mesmo com o IMEI bloqueado. O promotor destaca que o centro de São Paulo enfrenta uma série de problemas ligados à criminalidade, incluindo o furto a ferro-velho, receptação e trabalho escravo.
Ele ressalta a necessidade de uma ação coordenada do poder público para resolver a questão e menciona a importância de medidas como as tomadas pelo Detran para combater o desmanche e a receptação de peças furtadas.
Atoji destaca a importância de entender a região central e os fatores que fomentam a criminalidade no local, afirmando que é essencial adotar medidas eficazes para combater esses problemas.
A situação na Rua Guaianases e nos arredores representa um desafio para as autoridades e exige a implementação de estratégias abrangentes para reprimir o comércio ilegal de celulares e outras atividades criminosas na região central de São Paulo.