Presidente do TSE alerta para ameaça do uso de inteligência artificial na disseminação de desinformação durante eleições

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fez um alerta nesta quarta-feira (22) sobre o uso de inteligência artificial para disseminação de desinformação, apontando-a como uma das principais ameaças ao processo democrático. Ele defendeu que sejam estabelecidos limites ao uso dessa tecnologia durante as eleições. Durante a abertura do seminário Desinformação nas Eleições: abordagens do Brasil e da União Europeia, na sede do TSE em Brasília, Moraes destacou o desafio enfrentado pela Justiça Eleitoral no combate à desinformação nas redes sociais durante processos eleitorais anteriores.

Além disso, ele alertou sobre a preocupação com a disseminação de desinformação por meio do uso de inteligência artificial, classificando-a como extremamente perigosa. O presidente do TSE afirmou que é necessário propor teses legislativas, interpretações jurídicas e um cronograma educacional para aqueles que utilizam as redes sociais, visando aprimorar o combate à desinformação nas eleições.

O evento também contou com a participação da embaixadora da delegação da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, que destacou a abordagem europeia de aplicar os direitos humanos ao ambiente digital, assim como são aplicados no mundo físico. Ela ressaltou o foco atual no combate à interferência eleitoral proveniente de além das fronteiras, destacando a importância desse tema para a proteção da democracia.

Durante a tarde, foram realizados painéis sobre o marco regulatório da desinformação no Brasil e na União Europeia, assim como boas práticas no combate à disseminação de informações inverídicas em processos eleitorais.

A preocupação com o uso de inteligência artificial para disseminação de desinformação é uma questão cada vez mais relevante, à medida que a tecnologia se desenvolve e se torna mais acessível para diversos fins. O debate promovido pelo seminário demonstra a importância de discutir estratégias de combate à desinformação, visando a preservação da integridade dos processos democráticos em todo o mundo. A atuação conjunta entre o Brasil e a União Europeia nesse tema evidencia a necessidade de cooperação internacional para enfrentar esse desafio.

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