A onda de calor que atingiu o país também impactou o Pantanal, com baixa umidade do ar e fortes ventos contribuindo para o surgimento e disseminação dos primeiros focos de incêndio na região. No entanto, as operações de combate, juntamente com a chegada das chuvas, foram cruciais para reverter a situação e evitar danos ainda maiores ao ecossistema.
Apesar do anúncio de contenção dos focos ativos, os bombeiros continuam monitorando a região e realizando o rescaldo de áreas afetadas, visando evitar novos incêndios. Também em Mato Grosso, os bombeiros permanecem vigilantes, com 120 profissionais e ações de enfrentamento concentradas em oito frentes distintas de combate ao fogo.
A atuação das equipes também contou com o apoio de órgãos federais, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que disponibilizaram mais de 300 servidores para a ação integrada. Além disso, o auxílio de cinco aeronaves do ICMBio foi crucial para o resgate de animais feridos e fuga do incêndio.
Um dos momentos mais surpreendentes foi o avistamento da onça-pintada Ousado, que ficou famosa após ser resgatada com queimaduras de terceiro grau nas patas durante os incêndios de setembro de 2020. Pesquisadores do ICMBio identificaram o animal descansando à margem de um rio, mostrando aparência saudável, apesar de uma das patas dianteiras estar inchada.
A situação no Pantanal, que vinha gerando grande preocupação devido à gravidade dos incêndios, parece finalmente estar sob controle, graças ao esforço conjunto das equipes de bombeiros, brigadistas, órgãos federais e ONGs. O trabalho árduo de contenção e combate possibilitou a preservação desse importante ecossistema, além de proteger a vida selvagem que habita a região.