Para Castro, a ausência de Cotugno foi classificada como um “descaso” e “desrespeito” com a Câmara dos Deputados, demonstrando a prepotência da Enel e sua falta de capacidade de diálogo. Diante dessa situação, ele afirmou que a Câmara pode tomar medidas como editar uma Proposta de Fiscalização e Controle ou até mesmo instaurar uma CPI para fiscalizar a Enel. A Enel São Paulo é a segunda maior distribuidora de energia do país, respondendo por 10,3% de toda a energia distribuída no Brasil e atendendo 7,8 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios da região metropolitana do Estado, incluindo a capital paulista.
A situação que levou a essa discussão ocorreu no início do mês, quando um apagão causado por fortes chuvas e ventos deixou 4,2 milhões de unidades consumidoras em 23 municípios de São Paulo sem energia, incluindo a capital. Em algumas localidades, o restabelecimento do serviço levou vários dias. Além disso, novas interrupções de energia foram registradas na semana passada, durante uma onda de calor. Esses incidentes levaram a Aneel a instaurar processos de fiscalização para averiguar a atuação da Enel SP e de outras seis distribuidoras de energia que operam nas regiões afetadas.
Essas questões têm gerado preocupações e críticas de autoridades e parlamentares que buscam respostas e soluções para garantir um fornecimento estável de energia elétrica para a população. A possibilidade de instaurar uma CPI para investigar a atuação da Enel São Paulo reflete a gravidade das questões envolvidas e a importância de garantir a eficiência e a qualidade na prestação desse serviço essencial para a sociedade.