Repórter São Paulo – SP – Brasil

Crise global de violência e descrença na humanidade coloca à prova nossa capacidade de resistir e promover mudanças essenciais.

Nos dias atuais, nos deparamos com a capacidade impressionante da humanidade de promover violência e instigar conflitos. Essa realidade abala a visão iluminista que ainda habita em alguns de nós, correndo o risco de se apagar. Nesse pêndulo entre esperança e desilusão, o ceticismo toma o lugar das utopias, deixando a vida momentaneamente entristecida.

Parte das lideranças políticas mostram-se capazes de impulsionar e fomentar guerras, colocando os interesses econômicos acima da vida humana, manipulando informações para obscurecer a verdade e agindo em benefício próprio em detrimento do bem comum. Essas práticas minam a esperança de enfrentar os grandes desafios que a humanidade enfrenta, como a fome, a pobreza, a mudança climática e o fortalecimento da democracia.

No cenário mundial, existem oito guerras e dezenas de conflitos armados ocorrendo simultaneamente, demonstrando a incapacidade diplomática de evitar essas situações. Enquanto quase um bilhão de pessoas enfrentam a fome, grandes quantias de dinheiro são destinadas à produção de bens de consumo supérfluos.

A sociedade atual evidencia a infantilização de parte de seus membros, mantendo vivas as competições e joguinhos da infância, agora repaginados para a vida adulta. O “War” (Guerra) torna-se a base para disputas de poder nos negócios e entre países.

Diante desse contexto, a descrença na humanidade ganha destaque, mas também pode servir como um chamado à resistência. Se somos capazes de construir essa realidade, também temos a capacidade de promover as mudanças necessárias, embora os poucos detentores do poder mundial possuam uma influência desproporcional.

No entanto, é importante ter consciência de que a resistência e as ações individuais e coletivas podem desafiar esses poderes estabelecidos. Buscar equilíbrio e resistência nos desafios coletivos é fundamental para preservar a saúde mental e o equilíbrio emocional.

É importante apostar em relações de qualidade, afetos, diálogos importantes, desapego material, apreciação da arte, diversidade cultural e a conexão com a natureza. A história tem mostrado que tendemos a repetir os erros, mas devemos agarrar as alternativas que ainda temos domínio para permanecermos inteiros e plenos, prontos para promover transformações. A resistência inspiradora pode nos proteger das insanidades humanas e nos levar em direção a um futuro mais equilibrado e harmonioso.

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