Segundo relatos de Zuleica, a tempestade teve início na última quarta-feira e já deixou ao menos cinco pessoas mortas, além de milhares de afetados. Em Eldorado do Sul, a prefeitura teve que suspender aulas em algumas escolas e fechar unidades de saúde devido às enchentes.
A moradora do bairro Chácara afirmou que já presenciou outras cheias, mas essa foi a primeira vez em que a água entrou em sua residência, onde mora com duas filhas, a mãe e uma amiga. Ela se viu obrigada a suspender alguns móveis e deixar a casa, levando a família para a casa de uma irmã no bairro Santa Rita. Depois, retornou para sua residência para verificar a situação.
A situação tem sido cansativa para Zuleica, que trabalha em dois empregos, um em Porto Alegre e outro em Eldorado. Ela afirma estar “cansada fisicamente e psicologicamente” e busca forças nas filhas para seguir em frente. Segundo o governo gaúcho, mais de 28 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo mais de três mil desabrigados e quase 25 mil desalojados.
Além disso, quinta morte foi confirmada nesta terça-feira, sendo a vítima uma mulher de 67 anos que foi encontrada morta por familiares em uma casa alagada em Eldorado do Sul. Com as fortes chuvas, foram registradas também mortes em outras cidades, como Giruá, Vila Flores e Gramado, elevando o total de falecidos.
A Defesa Civil estadual informou que 177 cidades do Rio Grande do Sul registraram ocorrências relacionadas às chuvas. A situação é de grande preocupação e as autoridades seguem atuando para prestar assistência aos afetados. As chuvas repentinas e volumosas são características do clima sulista e demandam ações preventivas e de socorro para minimizar os impactos provocados pelas enchentes.
