A empresa Tamisa (Taquaril Mineração S/A) foi autorizada pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental) a explorar a área em 30 de abril do ano passado, visando a retirada de 31 milhões de toneladas de minério de ferro em 13 anos. Contudo, ambientalistas afirmam que a licença foi concedida de forma irregular, uma vez que estudos para o tombamento da região estão em andamento desde 2017 e a legislação prevê que, iniciado o processo, a área já é considerada tombada.
A audiência realizada nesta terça contou com a participação de representantes da empresa, ambientalistas, das prefeituras de Sabará (MG) e Nova Lima (MG), onde também ficam partes da Serra do Curral, e o Ministério Público. Entretanto, houve queixas sobre o formato da reunião, já que foi concedido apenas cinco minutos para fala de cada participante e não havia possibilidade de réplica ou tréplica.
O representante do Projeto Ambiental Manuelzão, Marcus Vinícius Polignano, alertou que a mineração na Serra do Curral poderia afetar o fornecimento de água em Belo Horizonte, devido ao grande número de nascentes na região. Por outro lado, o representante da Tamisa, Guilherme Machado, alegou que o tombamento não protege a Serra do Curral, afirmando que as pessoas e os proprietários da região são os responsáveis por proteger o local.
Além disso, Solange Cirilo Rodrigues, da entidade Pomar BH, realizou um protesto contra a mineração no estado durante a audiência, simbolizando o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. A preocupação com a proteção do patrimônio histórico e a preservação ambiental da região são temas centrais que continuam a ser discutidos e analisados pelas autoridades responsáveis.