Cleriston Pereira havia sido preso no Senado durante os atos de vandalismo que ocorreram em 8 de janeiro. Sua defesa alega que ele não participou dos atos e entrou no Congresso apenas para se proteger das bombas de gás lançadas pela polícia. A Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal comunicou a morte do preso ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que havia determinado as prisões dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e era o relator do processo ao qual Cleriston respondia.
Após tomar conhecimento do falecimento, Moraes ordenou que a direção da penitenciária fornecesse informações detalhadas sobre o caso. Além disso, a defesa de Cleriston havia encaminhado uma petição ao ministro em novembro solicitando a soltura do acusado, alegando que ele possuía parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser liberado, mas que o pedido não havia sido julgado. O advogado Bruno Azevedo de Sousa afirmou que a defesa reiterava os argumentos apresentados e pediu que os mais de oito pedidos de liberdade do acusado fossem analisados.
A morte de Cleriston Pereira da Cunha coloca em destaque a situação das prisões relacionadas aos eventos de 8 de janeiro e levanta questionamentos sobre a atuação do sistema judiciário em relação aos acusados. Alexandre de Moraes solicitou informações detalhadas sobre o caso, indicando que há um interesse em esclarecer os fatos e analisar as circunstâncias que levaram à morte do detento. A repercussão deste episódio tende a gerar debates e reflexões sobre o cumprimento de penas e o devido processo legal.