De acordo com relatos dos agentes públicos, a equipe flagrou a movimentação suspeita na loja enquanto realizava rondas na região da concentração de dependentes químicos na rua dos Protestantes. No momento da abordagem, cinco homens e uma mulher estavam dentro do estabelecimento, já em posse dos objetos furtados e prontos para serem transportados em um carrinho de supermercado. Além dos eletrônicos, também foram apreendidos dois martelos que teriam sido utilizados para arrombar a porta da loja.
Os detidos foram encaminhados para o 2° DP (Bom Retiro), sendo esta a segunda ação criminosa semelhante na região em curto espaço de tempo. No início do mês, usuários de drogas saquearam uma loja especializada em conserto e venda de acessórios para celulares, também situada na rua Santa Ifigênia.
Em meio a esses episódios de violência, comerciantes e moradores da região têm enfrentado desafios significativos. Segundo Ângela Aparecida Alves de Oliveira, esposa do proprietário da loja Carlos Eletrônicos, a rua Santa Ifigênia tem perdido clientes e enfrentado uma queda considerável no faturamento desde a dispersão da cracolândia no ano anterior. Em abril de 2019, a loja já havia sofrido um saque, gerando um prejuízo de R$50 mil.
A situação se agrava ainda mais com a demora no atendimento das autoridades. Oliveira relatou que chamou a Polícia Militar, mas a viatura demorou uma hora e meia para chegar, e ao chegar, foi apedrejada e obrigada a se retirar do local. Enquanto isso, a Polícia Militar alegou que esteve presente no local após o chamado, mas não constatou furtos.
Diante desse cenário, a preocupação dos comerciantes e moradores da região é cada vez maior, e a necessidade de soluções efetivas para a segurança pública se torna urgente. A situação na Santa Ifigênia é reflexo de desafios sociais e econômicos que impactam diretamente a vida dos cidadãos e que exigem ação imediata das autoridades responsáveis.