Os primeiros casos datam de 2016, porém foi a partir de 2019 que os problemas no pavimento se intensificaram, levando a um aumento significativo no número de acidentes na região. A Prefeitura de São Paulo recebeu diversos alertas sobre a situação, por meio da Central SP 156 e da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego).
Reportagens veiculadas na imprensa também alertaram sobre o problema, como o caso do radialista Bruno Guedes, que teve três dentes quebrados após cair em uma das fendas. Além disso, o acidente mais recente ocorreu com a queda da tapeceira Cristiana da Silva de Oliveira, de 48 anos, que também perdeu três dentes.
O caso da tapeceira despertou comoção nas redes sociais, com vários outros ciclistas relatando experiências trágicas envolvendo o erro de projeto e as falhas de manutenção da ciclovia Eliseu de Almeida. Moradores da região, como a enfermeira Simone Penninck, já protocolaram diversas reclamações sobre o problema na prefeitura, porém as falhas de manutenção persistem.
Os usuários da ciclovia também relatam que, após as equipes da prefeitura realizarem reparos, os remendos cedem e os buracos voltam a se formar em poucos dias. Além disso, a falta de soluções adequadas por parte da CET tem sido motivo de frustração para os frequentadores da ciclovia.
A Prefeitura de São Paulo emitiu uma nota informando que deu início a um programa de manutenção permanente da malha cicloviária. No entanto, não houve resposta sobre a assistência aos ciclistas acidentados.
Diante desse cenário, fica evidente que a ciclovia da avenida Eliseu de Almeida apresenta problemas estruturais graves que têm colocado em risco a segurança dos ciclistas. A falta de manutenção eficaz e de soluções adequadas por parte dos órgãos responsáveis têm gerado preocupação e indignação na comunidade ciclística da cidade de São Paulo.