As debatedoras foram unânimes em dizer que o racismo continua prevalecendo no Brasil e que é preciso lutar para inclusão do povo preto na sociedade brasileira, com a necessária reparação da história, o fim da violência contra corpos negros e a representatividade negra em espaços de poder.
A anfitriã Rosane Borges enfatizou que o capitalismo coloniza até a luta negra e que é necessário resistir ao processo de cooptação capitalista, escravagista, patriarcal e classista. Ela defende que para ser realmente uma nação é preciso que o Brasil inclua os negros em todos os aspectos.
A jornalista Flávia Oliveira ressaltou que o Dia da Consciência Negra tem mais legitimidade que o 13 de maio, instituído como o Dia da Abolição da Escravatura. Ela apontou que, no campo da comunicação, o acesso tecnológico é capaz de impulsionar a resistência negra, quando contribui para aproximar e formar redes que ela apelidou de quilombos virtuais e por disputa de narrativas legítimas do movimento negro por direitos, e não para benefícios individuais.
Outros temas mencionados durante o debate incluíram a importância de indicar uma mulher negra para a vaga de ministra aberta no Supremo Tribunal Federal (STF); as mortes de jovens negros em todo o país e o assassinato da líder quilombola, a ialorixá Mãe Bernadete Pacífico, em agosto deste ano.
Durante o debate no canal Esboço do Contemporâneo, no Youtube, dezenas de internautas se somaram às vozes das ativistas negras, postando comentários que agradeciam a iniciativa.
O debate foi uma reflexão importante sobre a luta contínua dos movimentos negros no Brasil e a importância da conscientização e resistência em meio aos desafios enfrentados pela comunidade negra no país. Este movimento de pensamento e discussão é essencial para continuar promovendo mudanças e avanços na busca por igualdade e justiça racial.