Os incêndios no Pantanal haviam batido um recorde histórico para o mês de novembro, com 3.957 focos acumulados. Esse número era quase nove vezes maior que a média histórica para todo o mês, mostrando a gravidade da situação que o bioma enfrentava. A forte seca, que castigou várias regiões do país, foi apontada como uma das principais causas para a propagação dos incêndios, juntamente com a ação humana, especialmente o uso de queimadas controladas para regenerar ou aumentar os terrenos agrícolas.
A região sul da Amazônia Legal teve ao menos 6% do Pantanal atingidos pelas chamas, de acordo com o Instituto Centro de Vida (ICV). O estado de Mato Grosso foi o mais afetado, correspondendo à maior parte da área queimada neste mês. O Pantanal se estende por uma superfície de mais de 170.000 quilômetros quadrados nos territórios de Brasil, Bolívia e Paraguai e abriga uma grande diversidade de vida, incluindo 656 espécies de aves, 159 de mamíferos, 325 de peixes, 98 de répteis, 53 de anfíbios e mais de 3.500 espécies de plantas, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
A situação no Pantanal se agravou devido à seca que também afetou a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta. O cenário de incêndios severos por várias semanas gerou preocupações quanto ao impacto negativo sobre a vida selvagem e o ecossistema do bioma. As autoridades e organizações ambientais seguirão monitorando de perto o Pantanal e implementarão medidas para a prevenção de futuros incêndios, visando proteger essa rica e importante região.