A eleição ocorreu em meio a um contexto de crise econômica no país, com a inflação atingindo mais de 138% este ano e a pobreza afetando 40% da população. Ambos os candidatos do segundo turno são economistas e suas ideias contrastam fortemente. Massa, o candidato governista e ministro da economia, reconheceu sua derrota e parabenizou Milei pela vitória, destacando que será o presidente a liderar a Argentina nos próximos quatro anos.
Esperava-se que a disputa fosse acirrada, com pesquisas indicando vantagem mínima para Milei e previsão de uma decisão voto a voto. No entanto, os resultados oficiais consolidaram o sucesso do candidato libertário, que se consagrou como o novo presidente eleito para suceder Alberto Fernández na Casa Rosada, com a posse marcada para 10 de dezembro.
A ascensão de Milei como uma terceira força política foi marcada por um discurso “liberal libertário” e um apelo à classe trabalhadora. Suas propostas incluem a dolarização do país e o fim do Banco Central, visando a redução do governo e o enxugamento da classe dominante. Suas declarações polêmicas e a imagem de outsider conquistaram um público que se identificou com sua aproximação do “povo”.
Além disso, Milei não é estranho aos holofotes, tendo sido goleiro do clube de futebol argentino Chacarita Juniors antes de ingressar na política. Sua infância tumultuada e suas controvérsias familiares moldaram sua visão de mundo, e ele reconhece sua irmã como uma grande influência em sua vida. Sua ascensão na política começou em 2018, incitando debate e divisão entre economistas, jornalistas e apresentadores.
A vitória de Milei também contou com o apoio da candidata de centro-direita Patricia Bullrich, que declarou seu suporte no segundo turno, contribuindo para o sucesso do libertário. Em uma reviravolta surpreendente, o país se encontra dividido entre o peronismo e as propostas libertárias de Milei.
A partir de sua vitória, a Argentina enfrenta um novo capítulo em sua história política, com expectativas e desafios significativos pela frente, principalmente em meio à crise econômica que tem assolado o país. O governo de Milei terá a responsabilidade de enfrentar as questões urgentes que afetam a população e a economia argentina, buscando soluções para a inflação, desvalorização do peso e a pobreza. A partir de agora, o país aguardará para ver como o novo presidente busca cumprir suas promessas de mudança e liderança.