A instituição, fundada em 1808, tem pela primeira vez uma mulher negra em sua presidência, o que demonstra um avanço na representatividade dentro da empresa. A presidente do Banco do Brasil afirmou que a sociedade brasileira como um todo deveria se desculpar pelo papel que desempenhou na escravidão. Ela ressaltou a necessidade de aprofundar o conhecimento e encarar a realidade das versões anteriores da empresa.
Além do pedido de perdão, o Banco do Brasil anunciou um conjunto de medidas que visam promover a igualdade e a inclusão étnico-racial, bem como combater o racismo estrutural. A instituição pretende impactar positivamente a relação com clientes, funcionários, fornecedores e toda a sociedade por meio dessas ações.
Dentre as medidas anunciadas estão o fomento ao mercado de trabalho para o povo negro, parcerias para encaminhar jovens que participaram do programa Menor Aprendiz do BB para o mercado de trabalho, apoio ao empoderamento socioeconômico de mulheres negras, realização de eventos de promoção da inclusão financeira e econômica da população negra, desenvolvimento da carreira de funcionários pretos e pardos, e a realização de workshops sobre diversidade, equidade e inclusão.
O Banco do Brasil ressalta que a diversidade em sua base tem o potencial de contribuir para a inclusão financeira e geração de trabalho e renda, especialmente para pretos e pardos. A empresa reconhece que as sequelas da escravidão ainda estão presentes na sociedade brasileira e convoca os atores sociais contemporâneos a agirem em prol da promoção da igualdade étnico-racial e da justiça social.
A instituição divulgou a criação de um site específico para acompanhar as medidas anunciadas e reforçar seu compromisso com a construção de um futuro mais diverso, inclusivo, equitativo e justo em todos os contextos. O Banco do Brasil enfatiza que a raça é prioridade e que continuará trabalhando para desenvolver ações concretas em prol da igualdade étnico-racial.
