Os dados apontam que as classes C e D/E foram responsáveis por impulsionar o crescimento da conectividade nos domicílios brasileiros, com um aumento de acesso à internet de 56% para 91% e de 16% para 67%, respectivamente, entre 2015 e 2023. Por outro lado, as classes A e B apresentaram taxas elevadas, passando de 99% para 98% e de 88% para 98%.
No entanto, a pesquisa também revelou que a velocidade de conexão piora à medida que o poder econômico das classes diminui, sendo o compartilhamento com domocílios vizinhos maior na classe D/E, com 25% do total de lares com acesso à internet. Enquanto na classe C, o índice é de 15%; na B, 9%; e na A, 1%. Além disso, as classes C e D/E apresentam menor percentual de domicílios com computador, com índices de 42% e 11%, respectivamente, em comparação com as classes A e B, que registraram 99% e 84%.
No que diz respeito ao acesso por indivíduos, a pesquisa apontou que 84% da população brasileira é usuária de internet, totalizando 156 milhões de pessoas. Já o indicador ampliado, que inclui indivíduos que afirmaram não ter usado a internet, mas declararam o uso de aplicações no celular que necessitam de conexão à internet, atingiu 164 milhões de usuários. O percentual de usuários é maior entre a população urbana, na Região Sul, sexo feminino, entre brancos, com ensino superior, com idade entre 16 e 24 anos, e na classe A.
Por fim, a pesquisa mostrou que ainda há 29 milhões de pessoas não usuárias de internet, predominantemente na área urbana, com ensino até o fundamental, entre pretos e pardos, na classe D/E, de 60 anos de idade ou mais, do sexo masculino, e residentes do Nordeste e Sudeste.
