De acordo com as informações divulgadas, na segunda-feira (13) foram encontrados 10 peixes mortos, número que saltou para 292 na terça-feira (14), totalizando 302. Já na manhã de quarta-feira (15), foram recolhidos cerca de 190 peixes mortos, totalizando em torno de 500 peixes encontrados sem vida ao longo desta semana.
A prefeitura explicou que o fenômeno da morte dos peixes está relacionado ao período recorde de temperaturas máximas e ao baixo volume de chuvas, o que resulta em um nível reduzido de água na lagoa e baixa diluição de poluentes. Isso significa que o oxigênio dissolvido na coluna d’água fica menor, contribuindo para a morte dos peixes e agravando o quadro de eutrofização, fenômeno de degradação das águas com excesso de nutrientes acumulados, especialmente fósforo.
A eutrofização promove o crescimento de algas que reduzem a quantidade de oxigênio disponível e a luminosidade na água, o que pode gerar mau cheiro e mortandade de peixes. Além disso, as altas temperaturas têm gerado preocupações com o meio ambiente e o bem-estar da população em todo o país.
Outros reflexos das temperaturas elevadas são vistos na economia, como o aumento do consumo de energia elétrica, que bateu recorde durante a mesma semana. Segundo informações, as ondas de calor têm sido reforçadas por um bloqueio de pressão atmosférica, pelo fenômeno El Niño e por mudanças climáticas. O Brasil viveu sua oitava onda de calor em 2023 e está sob aviso até a próxima sexta-feira (17).
A situação evidencia a importância de medidas mais efetivas para o controle ambiental e a adaptação aos fenômenos climáticos extremos, visando garantir a saúde dos ecossistemas e a qualidade de vida das populações afetadas. A atenção para o impacto ambiental das mudanças climáticas e a implementação de estratégias de adaptação tornam-se fundamentais diante de eventos como o ocorrido na lagoa da Pampulha.