Concentração recorde de gases do efeito estufa bate recorde em 2022, alerta ONU em preparação para COP28 em Dubai.

Segundo dados recentes divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), a concentração de gases do efeito estufa atingiu um recorde em 2022. O principal responsável por essa alta é o dióxido de carbono (CO2), que ultrapassou em 50% os valores pré-industriais no ano passado.

Além do CO2, os níveis de metano e óxido nitroso também bateram recordes em 2022, com um aumento expressivo. Essa tendência de alta preocupa a OMM, que alertou para a necessidade de mudanças urgentes para reverter esse cenário.

As consequências desse aumento na concentração de gases do efeito estufa são alarmantes. As temperaturas globais já estão 1,15°C superiores aos níveis pré-industriais, o que coloca em risco o cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris, que busca limitar esse aumento em menos de 2°C, idealmente em 1,5°C. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, alertou que o atual caminho nos levará a um aumento das temperaturas muito superior às metas do Acordo de Paris até o final do século.

Além das altas temperaturas, a OMM alertou para as consequências climáticas decorrentes desse aumento, como tempestades fortes, derretimento das geleiras, elevação do nível do mar e aquecimento e acidificação dos oceanos. Todos esses impactos terão custos socioeconômicos significativos, evidenciando a urgência de ação para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

O dióxido de carbono, principal gás do efeito estufa, tem sua concentração na atmosfera alimentada pela queima de materiais fósseis e pela produção de cimento. A OMM alerta que, mesmo que as emissões líquidas desse gás sejam rapidamente reduzidas a zero, o aquecimento persistirá durante várias décadas devido à sua vida útil na atmosfera.

Diante desse cenário, Petteri Taalas destacou a necessidade urgente de reduzir o consumo de combustíveis fósseis para conter o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera. O metano, que contribui em 16% para o aquecimento global, e o óxido nitroso também demandam atenção, sendo que a taxa de crescimento desses gases atingiu níveis preocupantes em 2022.

Com a COP28 se aproximando, a discussão sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa se torna ainda mais crucial. A comunidade internacional precisa agir de forma urgente e eficaz para conter a alta concentração desses gases e conter os impactos das mudanças climáticas.

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