Por serem nascidos antes do tempo esperado, bebês prematuros possuem sistemas imunológicos e pulmonares imaturos, o que os coloca em maior risco de complicações decorrentes de infecções. A imunização é considerada fundamental para essa categoria de recém-nascidos, e tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto o setor privado dispõem de vacinas específicas para atendê-los.
A orientação das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) é que sejam tomados todos os cuidados para proteger os bebês prematuros com o mínimo de reação possível. Isso se dá devido à imaturidade de seus sistemas cardiológicos, pulmonares, neurológicos e imunológicos, que os tornam mais propensos a reações acentuadas às vacinas.
Tanto o SUS quanto o setor privado oferecem vacinas específicas para bebês prematuros, incluindo pentavalente, pólio, pneumocócica conjugada, rotavírus, meningite C, entre outras. No caso dos bebês prematuros extremos, com menos de 33 semanas ou menos de 1,5 quilo, existe a opção da vacina hexavalente acelular, que reduz o número de doses e minimiza as reações adversas.
Ana Paula Burian destacou que, mesmo os bebês prematuros internados em UTIs privadas, devem receber as vacinas conforme o calendário de imunização estabelecido, adaptado para a condição de prematuridade. A vacinação é fundamental para proteger esses bebês vulneráveis e minimizar os riscos de infecções.
Portanto, a recomendação é que os pais não adiem a vacinação de bebês prematuros e garantam que eles recebam as vacinas de acordo com o calendário estabelecido para a idade corrigida, independentemente de estarem internados em UTIs públicas ou privadas. O cuidado com a vacinação desses bebês prematuros é essencial para proteger a saúde deles e prevenir complicações decorrentes de infecções.