Com o intuito de valorizar o conhecimento ancestral na preservação da biodiversidade, o programa incentiva as famílias indígenas a desenvolverem projetos nos eixos de monitoramento territorial, ambiental, e da biodiversidade, restauração florestal, manejo, qualificação intercultural e turismo de base comunitária ou viés pedagógico em educação socioambiental. Essas atividades incluem o monitoramento territorial para flagrar aparições de fauna, utilizando câmera trap, plantio, detecção de atividades irregulares como desmate, queimada, caça ou descarte irregular de material, turismo comunitário, e atividades de educação ambiental com estudantes de escolas públicas e visitas guiadas.
Na primeira etapa do PSA Guardiões da Floresta, foram investidos R$ 600 mil em oito áreas do Estado com Terras Indígenas (TIs), beneficiando 134 famílias. E para os próximos 12 meses, estão previstos 12 encontros de qualificação intercultural, 42 mutirões de reflorestamento, 33 receptivos de turismo socioambiental, 63 expedições de monitoramento, sete visitas a cursos d’água a serem monitorados, além de 10 mutirões de limpeza de praia e entorno.
Além disso, o programa também contribui para valorizar a autonomia dos indígenas, com todas as atividades sendo propostas pelos próprios membros da comunidade e selecionadas por meio de edital público. A gestão do programa é compartilhada entre a Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística/Fundação Florestal e um conselho gestor eleito pelos próprios indígenas.
A participação indígena na gestão do PSA Guardiões da Floresta é crucial para promover a valorização dos serviços ambientais e a gestão compartilhada do programa. Com o envolvimento dos povos originários, o programa busca garantir a preservação do patrimônio natural de São Paulo, fortalecendo o diálogo entre o Estado e as comunidades indígenas. Esta iniciativa demonstra um compromisso com a preservação da natureza e a valorização dos conhecimentos tradicionais dos povos ancestrais.
