A repercussão da declaração não demorou a chegar. A Portela, a escola de samba em questão, se manifestou nas redes sociais, prestando solidariedade aos carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues, que estavam presentes no podcast. A escola enfatizou que está empenhada na luta por uma sociedade em que a cor da pele não seja motivo de discriminação, indo além do contexto carnavalesco.
Além disso, a Portela lembrou sua origem, destacando que é uma instituição fundada por pretos, pobres e suburbanos há mais de 100 anos. A escola reforçou o compromisso de lutar contra qualquer tipo de preconceito e defendeu a diversidade como um de seus princípios fundamentais.
Diante da repercussão negativa, a reportagem tentou entrar em contato com a Liesa para obter um posicionamento sobre o ocorrido, mas até o momento não obteve resposta.
O episódio reforça a importância de combater atitudes e declarações preconceituosas, mesmo em ambientes tipicamente associados à celebração e à diversidade, como é o caso do carnaval. A declaração de Perlingerio acende um alerta sobre a necessidade de conscientização e combate ao racismo em todas as esferas da sociedade, inclusive em organizações que representam a cultura popular e o folclore brasileiro.