No caso dos animais de estimação, como cães e gatos, é essencial garantir um ambiente com conforto térmico, sombra, água fresca e alimentos palatáveis e com nível de umidade adequado. Além disso, é importante verificar o comportamento dos animais regularmente e tomar medidas caso perceba-se algum sinal de desconforto.
Já os animais de produção, como aves, estão particularmente vulneráveis ao calor excessivo. A professora da UFRRJ explicou que o estresse térmico pode aumentar a taxa de mortalidade nesses animais, mesmo em ambientes sombreados. A construção de instalações adequadas e cuidados no manejo dos animais são essenciais para minimizar os impactos do calor extremo.
A preocupação com os efeitos do calor não se limita apenas a animais terrestres, mas também afeta os peixes e outros organismos aquáticos. Segundo o professor Francisco Gerson de Araújo, os peixes tendem a se deslocar para áreas de temperatura mais amena em resposta ao aumento da temperatura da água. Esse deslocamento pode interromper cadeias alimentares e levar ao desaparecimento de espécies, impactando negativamente ecossistemas marinhos.
Além dos impactos nos animais, as altas temperaturas também afetam a quantidade de oxigênio dissolvido na água, o que pode levar à morte de peixes. Segundo o professor da UFRRJ, o calor excessivo é prejudicial tanto em termos globais, com mudanças na distribuição de espécies, quanto localmente, com impactos negativos na qualidade da água e na sobrevivência dos peixes.
Diante desse cenário, especialistas alertam para a importância de adotar medidas de proteção e cuidado com os animais durante períodos de calor extremo. A conscientização sobre os impactos do calor nos ecossistemas, tanto terrestres quanto aquáticos, é essencial para minimizar os efeitos negativos e preservar a saúde e o bem-estar dos animais.