Com as temperaturas atingindo os 40ºC no Brasil devido a uma forte onda de calor, o país registrou um recorde de consumo de energia, impulsionado pelo alto uso de ar-condicionado. Muitas pessoas que não possuem refrigeradores em casa estão buscando adquirir novos aparelhos ou ventiladores para amenizar os dias quentes. Esse aumento na demanda por refrigeração resultou em um aumento significativo na procura por ares-condicionados, com a estimativa de fabricação de 4 milhões desses equipamentos até outubro deste ano.
Segundo a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), as vendas de ares-condicionados aumentaram em 25% no primeiro semestre e já acumulam um aumento de 38% no segundo semestre.
Entretanto, para aqueles que vivem em apartamentos, adquirir e instalar um ar-condicionado pode não ser uma tarefa simples. Edifícios mais antigos podem ter restrições quanto à instalação desses equipamentos devido ao impacto na estrutura de energia e segurança do local.
José Roberto Graiche Junior, presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios) de São Paulo, explica que edifícios mais antigos muitas vezes não possuem estrutura para a instalação de ares-condicionados. Ele destaca que, em casos de prédios mais recentes, a instalação do equipamento já está prevista no projeto inicial.
A instalação de ares-condicionados em condomínios mais antigos requer a padronização disso dentro do condomínio, que inclui um laudo de capacidade elétrica para garantir que o edifício suporta a instalação sem sobrecargas. A necessidade de atender a tais exigências demonstra a complexidade e a burocracia envolvida na instalação desses equipamentos.
Além disso, a manutenção adequada dos ares-condicionados também é destacada como fundamental para garantir um bom rendimento e economia de energia. José Roberto Graiche ressalta a importância da limpeza, higienização e verificação da carga de gás para assegurar o bom funcionamento dos equipamentos.
Diante do cenário de calor intenso, o aumento na demanda por ares-condicionados e as complexidades envolvidas na instalação e manutenção desses equipamentos revelam desafios significativos para muitos brasileiros que buscam amenizar os efeitos do calor excessivo.
