Indígenas e negros são os mais afetados pelas mudanças climáticas, aponta debate na Comissão de Direitos Humanos

De acordo com especialistas que participaram de um debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH) nesta segunda-feira (13), os indígenas e negros estão entre os grupos mais vulneráveis às mudanças climáticas no Brasil. Durante a discussão, os convidados destacaram a necessidade de ações efetivas para preservar os biomas e combater as desigualdades sociais como medida para conter essas mudanças.

A preocupação com os impactos das mudanças climáticas sobre as populações indígenas e negras foi um dos principais pontos abordados no debate. Os especialistas ressaltaram que esses grupos enfrentam uma combinação de vulnerabilidades, incluindo a falta de acesso a recursos, a discriminação e a perda de territórios tradicionais devido ao avanço do desmatamento e da exploração de recursos naturais.

Além disso, os convidados destacaram a importância de se adotar medidas que levem em consideração o conhecimento tradicional desses grupos, que muitas vezes possuem práticas de convivência com o meio ambiente que podem contribuir para a preservação dos biomas e para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Diante desse cenário, os especialistas cobraram a implementação de políticas públicas que promovam a inclusão desses grupos, garantindo o respeito aos seus direitos e a participação efetiva na tomada de decisões relacionadas à preservação ambiental e ao enfrentamento das mudanças climáticas.

Outro ponto enfatizado durante o debate foi a necessidade de se combater as desigualdades sociais como parte integrante das estratégias de enfrentamento das mudanças climáticas. Os convidados ressaltaram que a exclusão social e econômica contribui para a vulnerabilidade desses grupos frente aos efeitos das mudanças climáticas, tornando ainda mais urgente a adoção de medidas que promovam a justiça social e a equidade.

Diante das colocações feitas pelos especialistas, fica evidente a importância de se adotar uma abordagem integrada, que leve em consideração a interseccionalidade das questões ambientais e sociais, garantindo que as políticas de enfrentamento das mudanças climáticas sejam efetivas e não agravem as desigualdades existentes. Portanto, é fundamental que as autoridades e a sociedade em geral estejam atentas a essas questões e engajadas em promover ações que assegurem a proteção e o bem-estar desses grupos vulneráveis.

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