Repórter São Paulo – SP – Brasil

Onda de calor atinge Sudeste e Centro-Oeste do Brasil em plena estação chuvosa, potencializando os efeitos do fenômeno climático.

A onda de calor que assola o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil chegou em um momento atípico, já que geralmente essa época do ano é marcada por chuvas que controlam as temperaturas. A ausência de nuvens tem potencializado os efeitos desse fenômeno climático, de acordo com a meteorologista Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia.

“Quando não chove nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, o que eleva consideravelmente as temperaturas. É exatamente isso que está acontecendo agora. As temperaturas estão muito altas”, explicou Fernandes.

Ela enfatizou que as baixas pressões, característica dessa temporada, estão presentes em grande parte do país, porém, em altitudes médias na atmosfera, há uma circulação de alta pressão que impede a formação de nuvens de chuva.

“Quando ocorre essa combinação de baixas pressões na superfície e a ausência de nuvens, o aquecimento da atmosfera se intensifica ainda mais”, analisou.

Segundo Fernandes, a onda de calor tende a persistir por mais tempo em áreas como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Centro-Norte do Paraná. “Toda essa área deve continuar com temperaturas elevadas, pelo menos, até a próxima sexta-feira”, destacou.

Ela também ressaltou que na sexta-feira haverá uma mudança na área atingida, porém a maior parte do país, incluindo Rio de Janeiro e Minas Gerais, continuará com altas temperaturas pelo menos até domingo. “Isso manterá as temperaturas elevadas. No domingo, já tivemos temperaturas na ordem de 40°C em vários estados do país, e isso deve persistir, pelo menos, até o próximo fim de semana em várias regiões do Brasil”, acrescentou.

A meteorologista ainda alertou que, devido ao ano de El Niño e a irregularidade na estação chuvosa, outras ondas de calor podem ocorrer no futuro. No entanto, no momento não há previsão de uma nova onda de calor tão cedo.

Com a colaboração de Cristiane Ribeiro, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a situação climática no país continua a requerer atenção e cuidados por parte da população. O governo e autoridades competentes devem manter-se alertas para possíveis impactos e seguir fornecendo as informações necessárias para proteger a população dos efeitos dessa onda de calor.

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