O levantamento, que foi solicitado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, analisou as tendências de chuva, temperatura máxima e outros índices climáticos extremos, como dias consecutivos secos, precipitação máxima em cinco dias e ondas de calor. Os dados foram coletados de 1.252 estações meteorológicas convencionais, incluindo estações manuais e automáticas, e mais de 11.000 pluviômetros.
De acordo com os pesquisadores do Inpe, a temperatura máxima aumentou significativamente em algumas regiões do país. Entre 1991 e 2000, a temperatura máxima subiu cerca de 1,5°C, mas chegou a subir 3°C em alguns locais entre 2011 e 2020, principalmente no Nordeste e nas proximidades. A média de temperatura máxima na região Nordeste passou de 30,7°C no período de referência para 32,2°C entre 2011 e 2020.
Além disso, os dados revelaram um aumento gradual das anomalias de ondas de calor ao longo dos períodos analisados, com um aumento significativo no número de dias com ondas de calor. No período de referência, o número de dias com ondas de calor mal ultrapassava sete, mas entre 2011 e 2020 chegou a 52 dias.
Os pesquisadores destacaram a importância dessas informações como uma fonte confiável do que está sendo sentido pela sociedade no dia a dia, fornecendo suporte à tomada de decisão e aprofundando o conhecimento sobre as mudanças climáticas. Além disso, o estudo também identificou variações no acumulado de chuvas, com uma queda na taxa média de precipitação em algumas regiões e um aumento em outras.
Esses dados são cruciais para entender as mudanças climáticas em andamento no Brasil e podem fornecer insights importantes para ações futuras no combate e adaptação às mudanças de clima. O estudo do Inpe destaca a importância de monitorar e compreender essas mudanças para que a sociedade e os governos possam se preparar e agir de forma eficaz.
