Os papéis pagarão uma taxa de retorno (juros) de 6,5% ao ano. Isso significa que o governo brasileiro pagará os US$ 2 bilhões levantados na Bolsa de Nova York com correção de 6,5% ao ano no vencimento dos papéis.
O spread, a diferença entre a taxa dos papéis brasileiros e os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os papéis mais seguros do mundo, ficou em 181,9 pontos-base, o que equivale a 1,819 ponto percentual acima dos papéis dos Estados Unidos. Tanto a taxa de juros como o spread funcionam como uma medida da confiança dos investidores em relação ao Brasil. Quanto mais baixos, maior a confiança nos papéis brasileiros no exterior.
Fernando Haddad destacou que o spread em torno de 180 pontos foi uma excelente notícia. Segundo ele, isso significa que, independentemente das agências de classificação de risco, o mercado internacional enxerga o Brasil como um país com grau de investimento, igual ao México.
Os títulos verdes são vinculados a compromissos com o meio ambiente. Eles são lançados no exterior e em vez de receber apenas juros financeiros, os investidores estrangeiros recebem os rendimentos de um projeto sustentável, que ficarão em 6,5% ao ano para os compradores dos títulos.
Essa será a mesma taxa de retorno do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, relançado em agosto e que receberá parte dos recursos das emissões dos títulos.
Inicialmente prevista para ocorrer em setembro, a emissão foi adiada em dois meses, enquanto o Tesouro Nacional esperava uma oportunidade no mercado internacional. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, chegou a cogitar que a emissão ficaria para o início de 2024, conforme a melhor janela de mercado para escolher a data. Ele destacou que é provável que tenhamos condição de materializar uma emissão de títulos neste ano, mas caso aconteça algo que demande ser no começo de 2024, isso não seria um problema.